O destaque maior vai para o fato de que a bolsa de mestrado, em janeiro de 1995, valia 10,35 vezes o valor do salário mínimo, e a de doutorado valia 15,33 vezes. Hoje, se tais proporções fossem guardadas, mestrandos receberiam R$ 7.017 e doutorandos R$ 10.393, ou seja, muito mais que os R$ 1.500 e R$ 2.200 que recebem atualmente, respectivamente.
Tais valores seriam superiores aos valores pagos atualmente aos professores de instituições federais de 40h com Dedicação Exclusiva, já detentores do título, no início de carreira. Além disso, há que se considerar o fato alertado por Herculano-Houzel (2013), de que grande parte do que se produz em termos de ciência no Brasil, se deve aos mestrando e doutorandos.
Diante destes fatos, há que se levantar uma questão:
"Como atrair novos talentos para a pós-graduação?"
Referências:
GOUVEIA, Esther Majerowicz. Bolsas de Pós-graduação: a
Política por trás dos Números. Revista Cantareira, jan.-jun, 2012. Disponível
em: <http://www.historia.uff.br/cantareira/v3/wp-content/uploads/2013/04/a1.pdf>.
Acesso em: 4/dez./2013.
HERCULANO-HOUZEL, Suzana. Falta incentivo a ideias originais na ciência no país. Jornal
da Ciência, e-mail 4743, de 10 de junho de 2013. Entrevista concedida a Fernando Tadeu
Moraes/Folha de S.Paulo. Disponível em: < http://www.jornaldaciencia.org.br/Detalhe.php?id=87472>.
Acesso em: 4/dez./2012