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28 de mar. de 2015

Livros ‘O Corpo Fala’ e ‘Desvendando os segredos da linguagem corporal’

Vou resenhar esses livros na sequência que conheci eles. O primeiro deles, ‘O Corpo Fala’, eu ouvi falar quando comecei a estudar sobre métodos de coleta de dados em campo, principalmente com o uso de entrevistas.



Quando conversei com minha orientadora sobre a necessidade de gravar as entrevistas, ela sugeriu que era importante tentar viabilizar a gravação em vídeo da entrevista porque além da análise da transcrição do áudio, era possível analisar as expressões faciais e gestos do entrevistado quando estes respondiam as questões.

Até então eu não havia pensado que a expressão facial e corporal poderia dar uma interpretação distinta do conteúdo das entrevistas. E obviamente eu não havia estudado as técnicas de leitura corporal anteriormente. Foi aí que ela me emprestou o livro ‘O Corpo Fala’ de Pierre Weil e Pierre Tompakow, Editora Vozes, 39ª Edição, que ainda não devolvi.

O livro apresenta as técnicas de leitura corporal, com muitas ilustrações e vários conselhos. É um livro de leitura fácil, mas como parece um dicionário de expressões é difícil apreender seu conteúdo em uma única leitura. Acabei tornando ele um livro de consulta ao qual recorria para ler trechos esporadicamente.

O melhor conselho que o livro dá é um alerta para não separar a expressão facial e corporal do contexto de que o indivíduo se encontra e também não tomar expressões isoladamente, e sim como um amplo conjunto que se mistura e muitas vezes até se contradiz.

No começo da leitura eu fiquei bastante cético quanto ao conteúdo mas enquanto eu lia o livro, tive a oportunidade de observar um grupo de alunos em sala de aula e comecei a exercitar a observação da linguagem facial e corporal e as observações começaram a fazer certo sentido junto ao desempenho destes alunos.

Já o livro ‘Desvendando os segredos da linguagem corporal’ é um livro um pouco mais comercial, de autoria de Allan e Barbara Pease [sim, são os autores de Por que os homens fazem sexo e mulheres fazem amor?], publicado pela editora Sextante, ainda na primeira edição, que é de 2005.


Comprei ele por acaso, porque estava na estante de livros em promoção em uma das Lojas Americanas. Comecei a ler e identifiquei que há vários pontos comuns entre os dois livros o que pode indicar que há certa consistência na interpretação de expressões.

Este livro possui uma redação mais inteligível e fluída que o anterior e também é rico em ilustrações. Foi nesse livro que aprendi que mães são leitoras corporais mais competentes que homens, porque acabam exercitando muito a habilidade de leitura corporal e facial com bebês, até que eles aprendam a falar.


Entre curiosidades e informação nova não apresentada no livro anterior, geralmente baseada em estudos científicos, acho que este livro é um ótimo complemento ao anterior. Em minha opinião, ambos são leituras recomendadas.


6º Congresso de Controladoria e Finanças da UFSC

O prazo para envio dos artigos ao 6º Congresso de Controladoria e Finanças da UFSC e do 9º Congreso Iberoamericano de Contabilidad de Gestión vai até dia 15 de abril de 2015.

Já o prazo para envio de artigos ao 6º Congresso de Iniciação Científica da UFSC se entende até o dia 30 de maio de 2015.

O evento tem um diferencial para esta edição que são as duas modalidades de submissão: artigos científicos e apresentação de pesquisa, sendo que na primeira modalidade devem ser submetidos as pesquisas inéditas já concluídas e na segunda modalidade devem ser submetidos as pesquisas em andamento.

Mais informações no site http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso_internacional/itensmenus/view/115

XIV Congreso Internacional de Costos

O XIV Congresso Internacional de Costos acontecerá na cidade de Medellín, Colombia entre os dias 9 e 11 de setembro de 2015.

O dia 31 de março, próxima segunda-feira, é o último dia para envio de resumos ao evento, de acordo com comunicado do evento feito por e-mail. Segundo o cronograma do site do evento, a versão completa do artigo deve ser enviada até 19 de maio.

Mais informações no site: http://www.congresodecostos2015.com/

Divulgação de pesquisa de Doutorado

Prezado(a) Senhor(a):

Sou Robson Braga, doutorando do programa de Controladoria e Contabilidade da Universidade de São Paulo – USP, sob orientação do Prof. Dr. Luiz Paulo Fávero. Como parte do desenvolvimento de minha tese, estou realizando uma pesquisa sobre decisões de investimento no mercado financeiro e gostaria de contar com sua participação.

Para tal, basta acessar o link 
http://www.researchusp.com/pesquisa.faces?op=inicio (preferencialmente, utilize o navegador Google Chrome) e seguir as instruções apresentadas no instrumento. O tempo médio estimado para a conclusão da pesquisa é de quinze minutos, sendo que você poderá responder parcialmente e concluir em outro momento, caso algo o impeça de finalizar de uma só vez.

Temos certeza de que achará interessante a pesquisa, especialmente pelo fato de ter uma aplicação interativa semelhante a uma plataforma de negociação de ações. Pedimos apenas que suas respostas apresentem a maior fidedignidade possível em relação ao seu comportamento decisório.

Ao concluir a pesquisa, você estará concorrendo ao sorteio de um IPad Mini Retina 32Gb. Ficaremos gratos se você compartilhar esse link com sua rede de contatos.

Atenciosamente,

Robson Braga
Doutorando em Controladoria e Contabilidade
FEA-USP

Prof. Dr. Luiz Paulo Fávero
FEA-USP
Professor orientador

12 de mar. de 2015

Existe protecionismo na escolha dos candidatos aos programas de pós-graduação?

Esse texto teve como origem a conversa com um amigo meu que é também professor. Conversávamos sobre eu estar cursando doutorado e o interesse dele de entrar no mestrado quando ele me pergunta: ‘É difícil alguém de fora entrar no mestrado?’. A princípio eu respondi: 'Não. Qualquer um pode entrar.' E de fato a minha resposta não está incorreta. Mas essa conversa me fez pensar sobre a diversidade de alunos dos programas de pós-graduação que eu conheço e me bateu a curiosidade por evidências empíricas sobre variedade.

Fui então coletar dados para sustentar a minha defesa. Identifiquei os resultados dos processos seletivos de 12 dos 21 programas de pós-graduação stricto sensu, acadêmicos e profissionais, que existem no Brasil e fui analisar a afiliação destes alunos. Com esses dados montei as tabelas abaixo, por instituição.


Resultado de processo seletivo de Mestrado

Resultado de processo seletivo de Doutorado

É possível identificar que 35,6% dos alunos que foram selecionados para ingresso no mestrado já haviam cursado a graduação na mesma IES de forma que estas escolheram quase dois terços de alunos oriundos de cursos externos a instituição.

Esta constatação já não se aplica ao doutorado. Embora os alunos que cursaram a graduação na referida IES em que foram selecionados para o doutorado representem apenas 15,2% da amostra, o percentual de alunos que foram selecionados para o doutorado que cursaram o mestrado na mesma IES representam 49,1%. Mas ainda assim, metade dos alunos escolhidos é oriunda de fora das instituições, o que aponta uma boa receptividade dos programas a alunos externos. 

Evidentemente esse levantamento não leva em conta uma informação muito importante que é: qual é o percentual de candidatos formados externamente às IES com programas de pós que se candidatam aos processos seletivos.

Outro cuidado que se deve ter é que a maior parte dos programas acima listados é mantida por IES públicas, e não dispõem de orçamentos de marketing para divulgar o programa. Possivelmente o maior recurso de divulgação que estes programas possuem é o boca a boca entre os egressos e a divulgação informal feita pelos docentes, que alcança principalmente os estudantes de graduação da mesma IES. Curiosamente, já respondi dúvidas de possíveis candidatos que não tinham conhecimento nem da gratuidade da maioria dos programas acima.

Dois programas que adotaram estratégias de divulgação interessantes foram os da USP e USP RP que se utilizam de sessões no Congresso USP de Controladoria e Contabilidade para apresentar o programa aos congressistas interessados. Estas sessões, que possuem um custo relativamente baixo, certamente poderiam ser utilizadas por outros programas também.

Por fim, penso que talvez seja de interesse dos CRCs, órgãos representantes da classe contábil, a divulgação do funcionamento destes programas e o estímulo à divulgação destes entre os contadores de cada estado.