Se você deseja receber as novas postagens em seu email, preencha o formulário: Cadastro para informes

29 de dez. de 2014

Revisão de estimativa de formação de doutores em Contabilidade

A transparência das atividades dos programas de pós-graduação proporcionada pelo uso de sites institucionais tem mostrado uma evolução ao longo dos anos e permitido o acompanhamento de informações muito interessantes.

Umas das informações que eu tenho acompanhado mais de perto refere-se aos processos seletivos dos programas e tenho usado destes sites para coletar os editais e resultados dos processos seletivos.

Em 2014:
  • A USP ofertou 20 vagas e selecionou 13 candidatos. (Edital e Selecionados)
  • O site da FURB não informa mais o edital do processo seletivo mas foram selecionados 8 candidatos. (Selecionados)
  • A FUCAPE ofertou 5 vagas mas não informa quem passou pelas primeiras fases do edital. (Edital)
  • A Unisinos ofertou 6 vagas e selecionou 10 candidatos. (Edital e Selecionados)
  • A UFSC ofertou 8 vagas e selecionou 8 candidatos. (Edital e Selecionados)
  • A USP RP ofertou 10 vagas e selecionou 5 candidatos. (Edital e Selecionados)
  • A UFPR ofertou 6 vagas e selecionou 8 candidatos. (Edital e Selecionados)
  • A UFRJ ofertou 10 vagas e selecionou 6 candidatos. (Edital e Selecionados)
O doutorado UNB/UFPB/UFRN não ofertou edital de seleção pois submeteu à Capes o desmembramento do programa em 3 programas independentes, o que foi alcançado segundo comunicado da Capes de dezembro de 2014.

Em um post de 13 de novembro chamado "Como andam as vagas em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Contabilidade e Controladoria" eu estimei que se todas as vagas fossem preenchidas, e que mais nenhum número do quadro se alterasse, haveria um doutor em Contabilidade para cada curso de Ciências Contábeis em 2027.

Por um lado, o cálculo foi superestimado quando supunha o preenchimento integral das 71 vagas ofertadas, quando na verdade só houve a seleção de 62 candidatos, e que o grupo de candidatos selecionados é menor que 62 dado que alguns candidatos foram selecionados em mais de um programa, e isso atrasaria o alcance desse indicador para 2029.

Por outro lado, três novos programas de doutorado foram autorizados a funcionar nesse meio tempo: UNB, UFPB e UFC, (ver comunicado) e se cada um selecionar a média de candidatos dos outros demais programas, então serão novas 24 vagas anuais, o que adianta o alcance do indicador para 2023.

25 de dez. de 2014

Revista Mineira de Contabilidade - Chamada de Trabalhos

A Revista Mineira de Contabilidade encontra-se aberta para submissões de trabalhos.

A revista está sendo reformulada para aumentar a sua classificação junto a Capes e como primeira iniciativa pode-se notar a adoção do Sistema Eletrônico de Editoração de Revistas do IBICT.

A revista pode ser acessada em: http://revista.crcmg.org.br/index.php?journal=rmc&page=index

18 de dez. de 2014

A Corrosão da Educação na Farsa no TCC por Gilson L. Volpato

O prof. Gilson Volpato tem sistematicamente exposto opiniões muito lúcidas sobre o funcionamento da pesquisa científica brasileira e no texto abaixo ele faz uma crítica especial ao desserviço que a má condução da orientação do TCC tem causado a formação de universitários.

O texto está disponível em: http://www.gilsonvolpato.com.br/pdf/A%20Farsa%20no%20TCC.pdf mas eu reproduzo abaixo.

A Corrosão da Educação na Farsa no TCC por Gilson L. Volpato

O trabalho de conclusão de curso (TCC) parte de uma premissa correta num ambiente errado.  Pedir ao aluno para fazer um trabalho prático para concluir seus estudos não está, de forma alguma, errado. O problema é o que fizeram com o TCC. Embora o TCC possa assumir várias formas, pois o T (trabalho) pode ser várias coisas, inclusive construção de tecnologias e outros trabalhos técnicos, aqui me refiro ao TCC que busca treinar no aluno a construção de um texto científico.

Hoje, para orientar TCC basta ser professor e estar “habilitado oficialmente” para tal tarefa. O problema é que muitos que orientam TCC sequer sabem o que é ciência de bom nível. Quando os professores carecem desse conhecimento, pois não trilham rotineiramente os corredores da ciência de bom nível, começam a inventar palpites para balizar o que acreditam ser um discurso científico, a partir dos quais engessam e distorcem o TCC. Com isso, engessam o cérebro do aluno, matando-o para a ciência: seja incutindo conceitos errados ou fazendo o aluno odiar ciência.

Nesse quadro, são comuns as tais regrinhas. Lógico, quem não sabe fazer tem que seguir regrinhas. Já imaginaram ensinar regrinhas para Tom Jobim construir melodias? E regrinhas para Vinícius de Moraes fazer poesia? Ou mesmo para um cientista olhar as informações e criar objetivos de pesquisa geniais? A pesquisa científica e o texto decorrente envolvem necessariamente processos criativos e críticos.

Na área de humanas as coisas são piores (veja o desespero desta aluna que chegou a forjar sequestro para se livrar do prazo do TCC – lógico que não exime as falhas da aluna). Os formatos que professores exigem no TCC muitas vezes já atestam o tamanho da ignorância e do problema.  Isso é piorado pela falta de formação do aluno, criando um bicho de sete cabeças. Num país em que a maioria é analfabeto funcional, mas é estimulado a virar doutor, cria-se um falso ambiente de progresso que apenas alimenta ratos que usam dessa ignorância para ganhar dinheiro desses coitados iludidos. Lógico, todos querem ter algum título e o de cientista não está entre os piores (note que se usarmos um discurso populista para dizer que você terá a profissão de cientista, logo teremos muito adeptos). Nessa expectativa, jogam sobre esses alunos tarefas confusas, dentro de um discurso rebuscado, prepotente e pseudo-erudito, alimentado pela quantidade como indicador de qualidade (por ex., número de página, número de referências bibliográficas, quantidade de resultados etc.).

Como consequência desse desespero a que os alunos são submetidos (confusão + cobrança - orientação = desespero), sites e livros (recentemente até e-book) desonestos se apresentam como salvadores da pátria, como a última esperança. Prometem fórmulas mágicas para o aluno transpor a barreira que ele nem sequer compreendeu qual é. É um cenário similar às igrejas que vendem milagres ou lotes no céu, cujos pastores e padres enriquecem cada vez mais e as soluções são sempre paliativas. Chegam a prometer soluções definitivas para a redação e “curas” milagrosas para fazer um TCC nota 10. E alunos que foram despreparados pelo sistema precário de ensino caem nessa ladainha, injetando aí dinheiro e sem levar em troca aprendizado algo sólido e construtivo.

Esse sistema, que parte de um erro lógico de construção de conhecimento e de formação de alunos, serve de substrato para o desenvolvimento desses ratos de nossa sociedade.  Incompetência junto com esperteza, que tira o dinheiro sofrido dos coitados e alimenta um crescimento impossível. A fórmula é antiga, mas no TCC é revestida de erudição. Muitas escolas particulares mamam nesse sistema, em coautoria com professores incompetentes e oportunistas que se escondem por detrás do título e assustam alunos que os consideram o máximo. A melhor forma de se manter no topo dessa hierarquia é não deixar o aluno entender completamente, criando sempre discursos evasivos e deixando os alunos “livres” para resolverem o que não entenderam. E quando não entendem ficam com a impressão de que são mesmo incompetentes para entenderem o que passa na mente brilhante desses professores que sequer sabem ensinar.

O TCC, no sentido que coloco, não é diferente de qualquer outro discurso científico. O quadro acima traçado pode decorrer de mentes maquiavélicas que querem destruir nosso ensino, ou, mais provável, da ignorância instaurada temperada com pitadas de arrogância. A dificuldade para publicação em revistas de bom nível internacional, bastante generalizada entre os pesquisadores brasileiros, decorre grandemente de nossa dificuldade de entender as bases da ciência e do meio científico. Quem é cientista de bom nível consegue publicar em revistas de bom nível internacional (dizer que depende da área é balela para justificar incompetência).  Quando vemos que avaliação da revista Nature o Brasil é o 50º de 53 países em termos de aproveitamento do dinheiro investido em pesquisa para transformar isso em publicação de bom nível (veja “Baixa eficiência científica brasileira”), percebemos que a questão é muito séria.

Estimular criação e manutenção de revistas problemáticas apenas diluiu esse problema, passando a mão na cabeça das pessoas e dizendo “sua pesquisa é boa, nós a publicaremos”. Isso não resolve. Temos que subir esse patamar e descer do pedestal. Fazer e ensinar ciência exige capacidade científica e educadora, duas coisas estranhas para nossa pós-graduação, teoricamente formadora de cientistas, mas na prática muito mais produtora de pesquisas por meio do serviço dos pós-graduandos. Essa é nossa triste realidade.

Voltemos ao TCC. Vejo e recebo e-mails de alunos completamente perdidos em relação ao tal TCC. A primeira pergunta que me vem é: “seu orientador morreu? A escola faliu?”. Entendo que há uma total falta de instrução e orientação a esses alunos. Em alguns casos o aluno é tão mal preparado que não entende a explicação do orientador, mas foi esse próprio sistema de ensino que o possibilitou chegar ao estágio burocrático para “fazer o TCC”. Veja que os problemas vêm de diferentes fontes, mas são reais, perturbadores e convergem para um mesmo ponto: a falta de capacidade formadora científica.

Quando dizem as balelas sobre a estruturação de um texto científico (falo de apenas 101 delas em meu livro “Pérolas da Redação Científica, 2010), estão apenas confundindo a cabeça dos coitados. Bastava mostrar ao aluno que ele deve apresentar o problema que quer resolver e justificar porque estabeleceu tais objetivos para essa empreitada. E essa justificativa depende de lógica! Se o aluno precisa de protocolos, check-lists e regrinhas para fazer uma “argumentação”, reprove-o! Não estamos falando de alunos dos anos iniciais do ensino fundamental; falamos de universitários, muitos dos quais querem ser cientistas. Antigamente os universitários discutiam política, filosofia, sociologia, liam livros e debatiam... hoje eles fofocam no facebook, assistem BBB, novelas de Globo, conversam pelo celular... muita coisa mudou e as instituições de ensino superior não estão mudando esse quadro na velocidade necessária para o nosso país.

Na construção do TCC, a maior falha dos alunos está na dificuldade que têm para constituir argumentações bem fundamentadas. E os professores erram por não trabalharem adequadamente com os alunos essa questão, mas cobrarem isso deles. Não se forma universitários e cientistas passando informações, mas dando a eles elementos de ligação para trabalharem as informações que recebem a todo momento.

O desespero com o TCC revela a lacuna de raciocínio que existe nesses alunos. Revela também o quanto os professores estão perdidos nessa tarefa. Muitos deles sequer publicaram algum artigo científico na vida. Quantos alunos se recordam com prazer e alegria do período de realização de seu TCC? Da amostra que tenho acredito que uma vasta maioria se lembra como algo ruim do qual conseguiu se livrar. Como dizia nosso saudoso Rubem Alves, o corpo rejeita aquilo que não nos faz sentido. O mesmo acontece com muitas provas, que os alunos fazem questão de esquecer o que aprenderam a partir do término da prova. O corpo está rejeitando esse conhecimento. Sabem por que? Porque ele não tem conexão com o corpo; é um objeto estranho. E essa falta de conexão não decorre simplesmente da falta de aplicação prática; decorre da falta de sentido lógico. Quando as coisas não têm conexões lógicas, ficam dispersas e sem razão para a existência. É isso que parece estar representando para muitos um TCC. Assim, não pode ser uma jornada prazerosa.

E esse desamor com o TCC se repete na Dissertação e na Tese de doutoramento. Por quê?  Exatamente porque as pessoas não estão entendendo as partes dentro de um todo coerente. O tal “Referencial Teórico” virou um monstro, um algo que não se compreende. Meu Deus! Todo discurso científico tem um referencial teórico... óbvio! Só não precisa ficar discursando sobre isso. Qualquer artigo científico, de qualquer área, tem o tal referencial teórico e ele aparece nas entrelinhas, na abordagem do autor e, algumas vezes, de forma mais explícita. É apenas a teoria, o pressuposto teórico que guia o autor em suas considerações. É mais simples do que parece.  Mas querem transformar isso num tópico que o aluno tem que escrever para mostrar ao orientador que leu ou que entendeu o ponto.

Uma das falhas na orientação de TCC (Dissertações e Teses) é querer que o aluno escreva para provar que leu (estilo “lição de casa”). Entra aí também a tal “revisão da literatura” (veja vídeo).  É absurdo pedir para um aluno incluir isso no texto. Cria-se um aglomerado de informações (às vezes históricas) que ficam desconexas. É bem diferente o aluno conhecer a literatura e usar as informações relevantes para fundamentar o que deve ser fundamentado. Esse texto “revisão da literatura” apenas confunde o aluno, pois ele pensa que isso faz parte do discurso científico.  Veja a raridade de artigos publicados na ciência internacional de bom nível e que incluem esse tópico. E se você acha que exista a tal “ciência nacional”, acho bom repensar sua existência.

O amor à erudição confusa também atrapalha, e muito! Parece que tudo que a pessoa consegue entender com facilidade é superficial. O que é nebuloso, confuso, maior que sua compreensão...  esse sim é neo-alguma-coisa e deve ser legal. Essa cultura ao obscurantismo precisa ser eliminada de nossa ciência. Certa vez dei uma palestra na Capes e um dos comentários indiretos foi que tinha sido superficial. Ora, apenas mostrei com palavras simples conceitos complexos.  Mas parece que se a pessoa entende o explicado, então não deve ser profundo, pois ela entendeu. O profundo é sempre o incompreensível. Para disso vem de nossa raiz com a Filosofia, que ama palavreados herméticos (nem todos, mas uma vasta maioria de filósofos, infelizmente). Não foi Albert Einstein que dizia que se você não consegue explicar algo para uma criança de 6 anos, então você não entendeu isso que deseja explicar? Afinal, eu costumo brincar dizendo que filósofo famoso não sabe escrever bem, pois tem gente fazendo doutorado para propor o que o tal filósofo estava querendo dizer!

Precisamos cultuar uma postura diferente. Aquela da clareza conceitual e explicativa, alicerçada por razões lógicas (que não excluem motivos emocionais). É esse tipo de raciocínio que temos que alimentar e desenvolver cada vez mais em nossos alunos. Clareza e síntese deveriam ser aplaudidas e não desprezadas (“mas só escreveu 5 páginas? Pode aumentar...”). Escreve claro, quem pensa claro. Erudição é outra coisa. Mas é exatamente a clareza e profundidade do conhecimento que está faltando. Quando os alunos não sabem o que fazer num TCC, é porque não está sendo dado a eles o substrato necessário. O desespero com o TCC é o desespero de uma nação que acha que dá para fazer ciência por meio de “jeitinhos”.

Ensinos equivocados deveriam ser confrontados até as últimas consequências. Na minha instituição vejo orientações vindas de pró-reitoria alertando que para ensinar a escrever um texto científico a pessoa deve ser formada em Letras. Duvido e desafio que uma pessoa da Letras consiga ensinar um aluno a estruturar e redigir um artigo científico para ser publicado em boas revistas internacionais, nas três áreas do saber. Ao ministrar aulas de redação científica a alunos do primeiro ano na universidade, tenho percebido que eles ainda estão em franca possibilidade desse aprendizado. A mente ainda não está travada. Eles aprendem muito bem a parte estrutural e lógica do discurso (carecem, obviamente, de informações específicas da área, mas essas são mais fáceis de transmitir). Mas depois de alguns anos no sistema universitário, vários estão tão travados que rejeitam a exigência de liberdade de pensamento. Querem regrinhas para o pensamento científico. Além disso, já têm a prepotência da escolaridade (no fundo, todos querem chegar ao topo encurtando caminho – esquecem-se de saborear cada degrau).  Afirmam, algumas vezes: mas meu orientador falou que...

O que expus acima é o que acredito ser um dos principais problemas da ciência nacional. Temos uma escola equivocada incutindo besteiras na cabeça dos alunos. Com isso, as dificuldades futuras serão certas, às quais se reage por meio de jeitinhos uma vez que não se compreende a base do pensamento científico. E jeitinhos levam até mesmo a condutas fraudulentas. Enquanto os ensinos de ciência e de redação científica não ultrapassarem a esfera dos protocolos, dos check-lists e das regrinhas, entrando na profundidade das bases teóricas do conhecimento, não há esperança para a ciência brasileira (exceto para os poucos diferenciados, mas eles não são a nação). Portanto, o processo deve começar com os professores; ao menos aqueles que têm a sapiência de se permitir estar errado. Fora isso, manteremos o sistema tradicional de achar que o Brasil é o que uma minoria faz. Essa elitização do conhecimento apenas reflete a elitização financeira de nosso país. O Brasil será um país de ciência quando ele respirar ciência nas escolas de Norte a Sul, de Leste a Oeste, mesmo que diferença sempre existirão (o que é natural e interessante). Fora isso, a discriminação educacional continuará para alimentar os ratos do sistema.

12th CONTECSI - Congresso Internacional de Gestão da Tecnologia e Sistemas de Informação

A 12ª edição do Contecsi já tem data e local para acontecer: 20 a 22 de maio de 2015 em São Paulo.

A data limite para envio de artigos é 15 de janeiro.

http://www.contecsi.fea.usp.br/

Capes substitui a avaliação trienal por avaliação quadrienal

O comunicado na íntegra segue em abaixo:

Comunicado CAPES – Período de Avaliação do SNPG

O Conselho Superior da CAPES, em sua 68a reunião, realizada no dia 11 de dezembro, decidiu que a avaliação do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG), a partir da próxima edição, passa a ser quadrienal. A decisão do colegiado foi tomada considerando a proposta apresentada pela Diretoria de Avaliação (DAV), acordada com a Comissão Especial de Acompanhamento do Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG) e com Fórum de Pró-Reitores de Pesquisa e Pós-Graduação (Foprop).

A primeira avaliação quadrienal está prevista para ser realizada em março de 2017, versando sobre dados e informações dos anos 2013, 2014, 2015 e 2016.

O Conselho também aprovou a proposta de realização, no meio do período quadrienal, de uma análise que aponte tendências dos programas de pós-graduação. Esta análise será feita durante os "seminários de acompanhamento", que a DAV introduziu e passou a realizar desde o ano de 2011. Os 48 seminários de acompanhamento, em cada uma das áreas de conhecimento, do atual quadriênio, deverão ocorrer entre abril e junho de 2015.

Fonte: http://www.capes.gov.br/component/content/article/36-salaimprensa/noticias/7278-comunicado-capes-periodo-de-avaliacao-do-snpg

17 de dez. de 2014

XV Congresso USP de Controladoria e Contabilidade e XII Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade

A 15ª edição do evento já tem data e local para ocorrer: 29 a 31 de julho de 2015 em São Paulo.

A recepção dos trabalhos ocorre até dia 20 de fevereiro de 2015.

Os resultados serão divulgados em 13 de abril.

O Congresso USP ainda é um dos poucos congressos que aceita receber artigos já publicados em outros eventos, mas exige que os artigos tenham passado por melhorias entre as versões submetidas aos congressos anteriores.

http://www.congressousp.fipecafi.org/

V Colóquio Internacional de Epistemologia e Sociologia da Ciência da Administração

A 5ª edição do evento já tem data e local para ocorrer: 18 a 20 de março de 2015.

A recepção de trabalhos ocorre até dia 19 de janeiro de 2014.

O colóquio tem quatro subtemas:

Análise Epistemológica da Administração
Sociologia da Ciência da Administração
Racionalidade nas Organizações
Análise Epistemológica de Domínios Específicos

http://coloquioepistemologia.com.br/

AAA Annual Meeting 2015

A próxima edição do evento ocorre entre os dias 8 e 12 de agosto em Chicago.

O deadline para envio de artigos é 7 de janeiro.

http://aaahq.org/AM/index.cfm

24 de nov. de 2014

Pesquisa "Pesquisadores que publicam em Periódicos Internacionais! Qual é a formação acadêmica? Há quanto tempo se formaram? De quais países trouxeram seus títulos? Aqui, neste artigo!"

A pesquisa "Pesquisadores que publicam em Periódicos Internacionais! Qual é a formação acadêmica? Há quanto tempo se formaram? De quais países trouxeram seus títulos? Aqui, neste artigo!" foi desenvolvida porque havia uma curiosidade em saber se a formação acadêmica no Brasil ou no exterior impactava a capacidade de publicações em revistas internacionais.

Para isso fez-se uma pesquisa em que foi analisada a formação dos autores que publicaram artigos em revistas internacionais da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo entre 2010 e 2012. Obviamente não se pôde fazer um censo, então foi delimitado estudar os programas com notas 6 e 7, que segundo a Capes devem receber essa nota quando possuem desempenho equiparado ao dos centros internacionais de pesquisa estrangeiros. Se enquadram nesses conceitos os programas de Administração da USP, FGV SP, FGV RJ e UFMG e de Contabilidade da USP.


Também não se analisou todos os artigos publicados pelos programas, limitando-se primeiramente a analisar apenas os artigos publicados em revistas com Qualis A1 e A2. No entanto, tantas são as revistas A1 e A2 mantidas por instituições brasileiras, no Qualis de Administração, Ciências Contábeis e Turismo, que decidiu-se eliminar as revistas sediadas no Brasil. Isso foi feito porque mesmo que essas revistas tenham comitês editoriais compostos por docentes de instituições estrangeiras, é inegável que elas contém muito mais relações com brasileiros do que se poderia admitir para uma análise da formação do pesquisador em sua capacidade de escrever papers que sejam avalizados por pesquisadores maior grau de imparcialidade assegurado.


Feito isto, e eliminados também os artigos que possuíam 9, 10 e 51 autores, identificou-se que os cinco programas publicaram juntos, 135 artigos. Esses 135 foram resultado de 382 autorias. Depois fez-se a identificação de quem pertenciam essas autorias e verificou-se um total de 269 autores, dos quais um único autor contribuiu em 6 papers.


Cada artigo foi acessado e as afiliações dos autores foram analisadas. 61,2% indicavam autorias exclusivamente brasileiras. 33,6% indicavam autorias de autores brasileiros e estrangeiros. 5,2% indicavam autores exclusivamente estrangeiros. (!?) OK, eram pesquisadores brasileiros mas que informaram apenas suas afiliações das instituições em que fizeram seus pós-doutorados no exterior.


Também foram identificadas ocorrências, principalmente nas revistas que mais publicaram trabalhos de brasileiros, de existir um docente brasileiro dentro do comitê editorial. 


Por fim, mas não menos importante, o trabalho identificou que a diferença de médias de publicações dos grupos de autores que fizeram graduação, mestrado e pós-doutorado no Brasil ou no exterior não foram estatisticamente significantes. No entanto, a pesquisa identificou que a média de publicações de autores que fizeram doutorado integralmente no Brasil foi estatisticamente significante e menor que a média de publicações de autores que fizeram o doutorado exclusivamente no exterior. A diferença da média de publicações de autores que fizeram doutorado sandwich no exterior não foi estatisticamente diferente nem de quem fez o doutorado exclusivamente no exterior, nem de quem fez o doutorado exclusivamente no Brasil. Possivelmente uma amostra maior é necessária para elucidar esse problema. 


Deve-se sublinhar, no entanto, que os testes de diferenças de médias ocorreram somente com pesquisadores que tiveram pelo menos um caso de sucesso em publicação internacional. Não se fez um teste comparativo entre pesquisadores que publicam no Brasil ou fora e pesquisadores que se formaram no Brasil ou fora. Fez-se apenas testes para saber se entre os pesquisadores que publicam fora, quem teve formação no Brasil ou fora, publicou mais ou menos. 


Mas diante desses resultados, levanta-se questões incômodas como: 

  • será que os periódicos estrangeiros discriminam artigos de autores brasileiros?
  • será que ter um autor estrangeiro ajuda o artigo a ser aceito? 
  • será que ter um autor brasileiro com doutorado estrangeiro ajuda o artigo a ser aceito? 
  • será que mostrar as afiliações estrangeiras ajuda o artigo ser publicado? 
  • será que ter um colega docente da mesma instituição como membro do comitê da revista ajuda a abrir as portas da publicação internacional? 


Essas são perguntas incômodas que estão longe de receber respostas concretas mas constituem terreno fértil para novos estudos.


O artigo na íntegra pode ser acessado clicando em "Download this paper" no site http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2529508


Sugestões, comentários e correções podem ser enviadas para sandrovs@usp.br

20 de nov. de 2014

Resenha do Livro Oportunidades Disfarçadas, de Carlos Domingos

Este livro foi uma surpresa agradável. Comprei depois de folhear algumas páginas em passagem por uma livraria. O livro trata de dezenas de casos de empresas que enfrentavam dificuldades e encontraram nessas dificuldades uma oportunidade. Daí o título Oportunidades Disfarçadas.

O livro é baseado em diversas histórias contadas de forma bastante sucinta. Antes de recomendar a leitura do livro, prefiro ilustrar o que tem dentro dele com um caso do capítulo Oportunidades Disfarçadas na Falta de Recursos:

"Às vezes, o problema da sua empresa pode ser a falta de verba para alugar um bom ponto comercial. Em vez de desanimar, lembre-se da sabedoria popular: "Há males que vem para o bem."

Ninguém queria saber daquele local: um estabelecimento no meio de uma íngreme ladeira. Para subir, era cansativo. Para descer, incômodo. Por isso, o valor do aluguel era baixo. Tão baixo que até aquele jovem recém-formado em bioquímica pôde alugar. Com alguns amigos, Miguel inaugurou ali sua pequena farmácia de manipulação.

Com o passar do tempo, o rapaz fez uma importante constatação: a ladeira fazia com que as clientes preferissem esperar o medicamento ficar pronto na própria loja, porque, se voltassem mais tarde, teriam que subir novamente a rampa.

Como as mulheres ficavam ali paradas sem fazer nada, Miguel viu a oportunidade de expor cremes e xampus nas vitrines. Iniciou então a produção artesanal de uma linha própria de cosméticos. Enquanto aguardavam, as consumidoras podiam experimentar os produtos e conhecer os lançamentos. Foi uma forma esperta de incrementar as vendas.

Antes de revelar o nome desta empresa, vou relatar outro episódio agora relacionado à expansão do negócio. 

O ponto inicial estava indo tão bem que Miguel planejou abrir uma filial. Mas onde? As principais ruas de Curitiba (onde a história ocorreu) e os locais mais movimentados eram muito caros. Além disso, o episódio da ladeira estimulava a busca por um ponto desvalorizado e que contivesse uma oportunidade disfarçada.

Na época, o final dos anos 1970, perfumes só eram encontrados em dois tipos de estabelecimentos: os baratos, em farmácias populares, e os caros, em lojas de importados. Ninguém havia pensado ainda em aeroportos.

Para Miguel, a localização parecia adequada. Havia grande circulação de pessoas e a concorrência ainda não estava lá. Ele e os sócios montaram no saguão do Afonso Pena, em Curitiba, uma loja de cosméticos diferente. Não era solene e pesadona como as de artigos importados, nem popular e simples, como as farmácias comuns. Pelo contrário: arejada, com visual leve, madeira clara e flores. O preço da linha não era nem alto nem baixo, também intermediário.

Novamente, ocorreu uma surpresa agradável: os passageiros e a tripulação das companhias áereas adquiriam perfumes e cosméticos da marca e os levavam para suas cidades de origem. Como o valor era atraente, as comissárias compravam os produtos para revendê-los em outras regiões do país, tornando a marca nacionalmente conhecida.

Logo surgiram convites para abertura de franquias em outros aeroportos. Foi assim que, com visão e sorte, Miguel Krigsner transformou O Boticário na maior rede de franquias de perfumaria do mundo. Atualmente, a marca possui mais de 2.400 lojas em 24 países." (Domingos, 2009, p. 98-99)

Interessante, não? O livro contém dezenas de histórias como essas. E penso que isso dá duas utilidades para o livro. A primeira é o conhecimento de soluções criativas para problemas do cotidiano das empresas. O autor realizou uma ampla pesquisa a qual a maioria de nós não dispõe de tempo para realizar.

A segunda é o estímulo que estas histórias podem proporcionar para estudantes dos cursos de Administração e Ciências Contábeis. A utilização de um livro como esse em sala de aula pode permitir aos estudantes uma oportunidade de reflexão sobre as empresas em que atuam e mesmo sobre a criação de novos empreendimentos.

Oportunidade Disfarçadas, Carlos Domingos
Editora Sextante
R$ 17,90 nas americanas.com

O primeiro capítulo encontra-se disponível online no link http://www.livrariascuritiba.com.br/Capitulo/LV248334.pdf



Referência

DOMINGOS, C. (2009). Oportunidades disfarçadas. Rio de Janeiro: Sextante.

16 de nov. de 2014

Os retornos financeiros da obtenção do título de mestre e doutor em Contabilidade

Existem diversos motivos que levam um bacharel a buscar o ingresso em um curso de mestrado. Entre eles pode-se elencar com bastante segurança que estão a busca por maior qualificação profissional, a atualização dos conhecimentos adquiridos durante o bacharelado, o desenvolvimento das habilidades docentes, e certamente, o aumento da remuneração.

Quatro pesquisas desenvolvidas no Brasil apontam que a remuneração média depois do mestrado e doutorado é maior do que a remuneração média antes do mestrado e doutorado e que essas diferenças são estatisticamente significantes (Cunha, 2007; Moraes, 2010; Martins, 2009 e Barth et al., 2013).

Cunha (2007) deve ter realizado a primeira grande pesquisa no Brasil que discute o impacto de um curso de doutorado em Contabilidade na vida de seus egressos. Em sua tese, a autora identificou que a 51,5% dos ingressantes, a principal atividade remunerada era o mercado, enquanto que para 68,9% dos egressos a principal atividade remunerada era a academia.

A autora identificou três coisas interessantes acerca dos doutores em Controladoria e Contabilidade pela USP.

A primeira é que para os doutores cuja principal fonte de renda é o mercado, a média de remuneração à época da pesquisa (média R$ 16.000,00 com desvio-padrão R$ 3.729) é estatisticamente maior que a média de remuneração no início do curso (média R$ 9.238,46 com desvio-padrão de R$ 4.759,95).

A segunda é que para os doutores cuja principal fonte de renda é a academia, a média de remuneração à época da pesquisa (média R$ 9.750,00 com desvio-padrão R$ 4.576,59) é estatisticamente maior que a média de remuneração no início do curso (média R$ 6.206,35 com desvio-padrão de R$ 3.571,43).

A terceira é que média de remuneração dos doutores cuja principal fonte de renda é o mercado (média R$ 16.000,00 com desvio-padrão R$ 3.729) é maior do que a média de remuneração dos doutores cuja principal fonte de renda é a academia (média R$ 9.750,00 com desvio-padrão de 4.576,59).

Em síntese, a remuneração depois do doutorado é maior, independente da principal origem ser academia ou mercado, do que antes do doutorado e entre os egressos a remuneração é maior para quem atua no mercado.

Moraes (2010) realizou estudo bastante similar ao de Cunha (2007), mas cujo escopo eram os egressos do mestrado em Controladoria e Contabilidade da USP.

O autor fez constatações igualmente interessantes: i. identificou que a remuneração média em 2010 dos mestres que tem o mercado como sua principal fonte de renda é estatisticamente superior do que quando ingressaram no curso; ii. identificou que a remuneração média em 2010 dos mestres que tem a academia como sua principal fonte de renda é estatisticamente superior do que quando ingressaram no curso e iii. identificou que a remuneração média de quem tem o mercado como principal fonte de renda é superior da remuneração média de quem tem a academia como principal fonte de renda.

Embora o autor não divulgue as médias de remuneração, fornece as remunerações por faixas segundo a tabela abaixo:


Martins (2009) também investigou o efeito do mestrado na remuneração de egressos mas o fez no programa multiinstitucional da UnB/UFPB/UFRN. O autor ainda dividiu sua análise entre núcleo Brasília e núcleo Nordeste. As médias salariais identificadas pelo autor são mostradas na Tabela abaixo, extraída da dissertação.


O autor identificou que a diferença entre das médias de remuneração do mercado e da academia são estatisticamente significativas. Por fim, Barth et al. (2013) fizeram estudo em que identificaram situação similar junto a egressos do mestrado em Contabilidade da UFSC. A média da remuneração antes do ingresso no mestrado era de R$ 2.636 e depois de terminar o mestrado foi de R$ 3.846.

Esses trabalhos indicam fortemente que a remuneração tende a ser maior depois que os mestrados e doutorados são concluídos. No entanto nenhum deles isola o fator ‘formação’. Existe uma série de variáveis que que interferem no aumento dessas remunerações. No trabalho de Barth et al. (2013), por exemplo, os autores indicam que metade dos mestres que obtiveram aumento de renda com mudança de classe social também cursaram o doutorado além do mestrado.

Um outro fator importante é que muitos dos aumentos de renda obtidos pelos egressos são devidos a mecanismos formais do plano de carreira de órgãos públicos que dão garantias de aumento aos mestres e doutores antes mesmo do ingresso no programa de mestrado e doutorado: são as chamadas retribuições por titulação. O Plano de Carreira da Docência no Nível Superior Federal, por exemplo, é estruturado de forma que determinadas classes são restritas a portadores de determinados títulos: Adjunto precisa possuir doutorado, Assistente precisa possuir mestrado, Auxiliar, se for graduado ou especialista e divididas em regimes de 20h, 40h e Dedicação Exclusiva.

O professor que ingressa como Assistente no regime de Dedicação Exclusiva possui retribuição por título de mestrado de R$ 2.020,25. Já o professor que ingressa como Adjunto no regime de Dedicação Exclusiva possui retribuição por título de doutorado de R$ 5.051,87. (As tabelas completas de retribuição podem ser encontradas aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/Lei/L12863.htm) . Ou seja, há uma diferença substancial de remuneração quando ocorre a obtenção de um novo título. Essa alteração não se dá da mesma forma quando se trata de aumento da remuneração por reconhecimento de qualificação da mão-de-obra do egresso pelo mercado de trabalho não acadêmico e esse fator também deveria ser isolado por pesquisas futuras.

Por fim, esses quatro trabalhos tratam de egressos dos cursos de mestrado e doutorado em Controladoria e Contabilidade da USP, no mestrado em Ciências Contábeis da UnB/UFPB/UFRN e do mestrado em Contabilidade da UFSC. Seria interessante se trabalhos similares fossem desenvolvidos por pesquisadores nos outros 20 mestrados acadêmicos e profissionais e nos outros 3 doutorados que já possuem egressos.

Referências

CUNHA, Jacqueline Veneroso Alves da. Doutores em ciências contábeis da FEA/USP: análise sob a óptica da teoria do capital humano. 2007. 269 f. Tese (Doutorado) - Curso de Doutorado em Controladoria e Contabilidade, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-17102007-173046/>. Acesso em: 16 nov. 2014.

MARTINS, Orleans Silva. Mestres em Ciências Contábeis pelo Programa Multiinstitucional da UNB/UFPB/UFPE/UFRN: Uma análise a partir de suas percepções e avaliações. 2009. 126 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa Multiinstitucional e Inter-regional de Pós-graduação em Ciências Contábeis, Universidade de Brasília – Unb, João Pessoa, 2009. Disponível em: <http://www.cca.unb.br/images/dissert_mest/mest_dissert_166.pdf>. Acesso em: 16 nov. 2014.

MORAES, Romildo de Oliveira. Mestres em Ciências Contábeis sob a Óptica da Teoria do Capital Humano. 2010. 157 f. Tese (Doutorado) - Curso de Doutorado em Controladoria e Contabilidade, Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-10052010-150158/>. Acesso em: 16 nov. 2014.

BARTH, Tiago Guimarães et al. A relação custo-benefício socioeconômica da pós-graduação: uma análise na percepção dos mestres em contabilidade da Universidade Federal de Santa Catarina. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS, 20., 2013, Uberlândia. Anais... . Uberlândia: Abcustos, 2013. p. 1 - 16. Disponível em: <http://anaiscbc.emnuvens.com.br/anais/article/viewFile/119/119>. Acesso em: 16 nov. 2014.

13 de nov. de 2014

Como andam as vagas em Programas de Pós-Graduação Stricto Sensu em Contabilidade e Controladoria

No final do ano de 2010, eu e mais 3 pessoas escrevemos um artigo em que examinávamos quantas vagas haviam nos programas de pós-graduação stricto sensu em Contabilidade e Controladoria. Na época haviam 19 programas de pós-graduação que ofertavam mestrado acadêmico (18) e profissional (1) e 4 ofertavam doutorado. Esses programas ofertaram para ingresso em 2011, 343 vagas para mestrado e 39 vagas de doutorado (Soares et al., 2011). Na época, o número médio de vagas ofertado por programas de mestrado foi dezoito e por programas de doutorado foi 9,75.

Em novembro de 2014, eu tornei a coletar os dados no site da Capes e identifiquei a existência de 19 mestrados acadêmicos, 4 mestrados profissionais, e 9 doutorados. Destes foram identificados editais para turmas com ingresso em 2015 de 18 mestrados acadêmicos, 1 mestrado profissional e 8 doutorados.

O mestrado e doutorado do consórcio UNB/UFPB/UFRN não ofertou edital pois afirma em seu site que estão passando por processo de desmembramento e criação de novos mestrados e doutorados junto a Capes. O mestrado profissional em Administração e Controladoria da UFC afirma em seu site que não ofertará edital para ingresso em 2015, e não foi possível identificar nenhuma informação nos sites dos mestrados profissionais da FUCAPE e UFAM.

Para 2015, os programas ofertaram 316 vagas para mestrado acadêmico, 35 para mestrado profissional e 71 vagas para doutorado.

A presidente da Abracicon, Maria Clara Bugarim, em 16 de setembro de 2014 afirmou que havia no país 3.264 mestres e 275 doutores em Contabilidade. Já as Sinopses Estatísticas da Educação Superior do INEP de 2013 (a mais recente disponível) informam a existência 1168 cursos presenciais de Ciências Contábeis e 39 a distância, o que dá um total de 1207 cursos (Santos, 2014; INEP, 2014).

Considerando que há 275 doutores em Contabilidade hoje, considerando que a cada ano as 71 vagas sejam preenchidas (o que é sabido que não acontece como mostram os resultados dos processos seletivos já divulgados este ano), considerando que todos os ingressantes concluam o curso (o que também é sabido que não acontece devido ao histórico de desistências), considerando que o número de cursos de Ciências Contábeis não aumente (o que também sabemos que não ocorre devido a tendência de leve crescimento apresentada nos último anos) teremos um doutor para cada curso de Ciências Contábeis em 2027.

Referências

INEP. Sinopses Estatísticas da Educação Superior em 2013. Disponível em: < http://download.inep.gov.br/informacoes_estatisticas/sinopses_estatisticas/sinopses_educacao_superior/sinopse_educacao_superior_2013.zip >. Acesso em: 13 nov. 2014.

Santos, F. Curso de Ciências Contábeis é um dos mais procurados do País. Disponível em: < http://www.portalcfc.org.br/noticia.php?new=17352>. Acesso em: 13 nov. 2014.


Soares, S. V., Will, A. R., Miranda, M. P., & Pfitscher, E. D. (2011). Pós-Graduação Em Ciências Contábeis No Brasil: Contexto E Processo De Seleção. Revista Ambiente Contábil, 3(2), 59-74.

18 de out. de 2014

Meu artigo foi aceito em um evento e não foi aceito em revista: Por quê?

Por diferentes motivos. Você pode não concordar, você pode reclamar, você pode espernear mas o fato é que alguns artigos seus podem eventualmente não ser aceitos para publicação em revista alguma.

O primeiro deles é explicado pela prática da comunicação científica: eventos são usados para apresentação de papers em suas versões preliminares e pesquisadores utilizam as discussões realizadas em eventos para afinar a técnica e aprimorar os resultados das pesquisas enquanto que revistas veiculam trabalhos que são chamados de publicações permanentes, ou seja, versões de trabalhos que são considerados acabados (se é que esse bicho existe).

Diante disso talvez seja necessário você publicar o mesmo artigo em mais de um congresso até que ele esteja apto a ser veiculado por uma revista. Esta prática incomum no Brasil é bastante tradicional no exterior. O pesquisador brasileiro Rodrigo Verdi, do MIT, costuma apresentar seus papers em média em 3 eventos antes deles serem publicados em periódicos com alto fator de impacto.

No Brasil, até recentemente todos os eventos científicos sobre a temática contábil exigiam ineditismo para os trabalhos, ou seja, cada artigo poderia ser apresentado em uma única conferência antes de ser enviado a um periódico. Esta situação mudou recentemente quando, em 2014, o Congresso USP de Controladoria e Contabilidade passou a aceitar a submissão de artigos já apresentados em outros eventos com a orientação de que o trabalho tivesse passado por melhorias.

Possivelmente essa é uma tendência que vá se espalhar entre outros eventos da área.

Um segundo motivo para que um artigo aceito em evento não seja aceito em periódicos é o fato de que eventos veiculam mais artigos do que as revistas podem absorver. Enquanto é muito comum que revistas brasileiras de Contabilidade, em sua maioria tri ou quadrimestrais, veiculem menos de 20 artigos por ano, eventos veiculam até algumas centenas de papers em uma única edição.

Cruz, Machado, Martins e Rocha (2011) afirmam que a taxa de conversibilidade de artigos publicados nas edições de 2001 a 2010 do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade foi de aproximadamente 15%. Bernardes, Borba e Ferreira (2014) analisaram a publicação em língua inglesa entre 2000-2012 dos docentes dos programas de pós-graduação em Contabilidade. A taxa de conversão apontada pelos autores foi de aproximadamente 47%. Santos, Schmitz e Faveri (2014) que analisaram a conversão dos artigos publicados entre os anos de 2007 a 2012 no EnAnpad, Anpcont e Congresso USP de Controladoria e Contabilidade encontraram uma taxa de conversão de aproximadamente 40%.

Já Espejo, Azevedo, Trombelli e Voese (2012) fizeram o caminho inverso e analisaram a origem dos artigos publicados nas 15 revistas mantidas por programas de pós-graduação stricto sensu em Contabilidade em 2009 e 2010 e verificaram que aproximadamente 55% dos artigos foram apresentados a priori em eventos e 20% tinham origem em teses, dissertações e monografias de graduação.

A despeito das taxas de conversão mostradas acima ainda pode-se fazer um cálculo simples: quantos artigos cada programa de pós-graduação em Contabilidade apresentou em congresso e publicou em revista do último triênio:

Fonte: Relatório da trienal 2010-2012

Faz-se uma ressalva nessa análise pois ela trata de um índice de publicações de revistas / apresentações em eventos e não uma taxa de conversão mesmo porque os artigos publicados em revistas em 2010 provavelmente são oriundos de pesquisas realizadas no triênio anterior e os artigos apresentados pelos programas em 2012 provavelmente só foram publicados em revistas no triênio seguinte.

Mas mesmo assim, o índice mostra que é usual se apresentar mais artigos em congressos do que publicar em revistas e que esse fenômeno acontece em muitos programas.

Referências

Bernardes, É. M., Borba, J. A., Ferreira, D. D. M. (2014). Produção científica em língua inglesa dos docentes dos programas de pós-graduação em Contabilidade no Período de 2000 a 2012. Disponível em: http://dvl.ccn.ufsc.br/congresso/arquivos_artigos/artigos/937/20140425102249.pdf. Acesso em: 18 out. 2014.
Cruz, A. P. C. D., Machado, E. A., Martins, G. D. A., & Rocha, W. (2011). Da pesquisa em construção à publicação definitiva conversão da produção científica no campo da contabilidade (2001-2010). Disponível em: http://www.congressousp.fipecafi.org/web/artigos112011/328.pdf. Acesso em: 18 out. 2014.
Espejo, M. M. S. B., Azevedo, S. U., Trombelli, R. O., Voese, S. B. (2012). Crise de Identidade? Uma proposta existencialista para eventos científicos na área de Contabilidade. Disponível em: https://www.furb.br/especiais/download/328124-184436/EPC%20115.pdf. Acesso em: 18 out. 2014.
Santos, V., Schmitz, T., Faveri, D. B. (2014) Conversão dos artigos socializados em eventos em publicações de periódicos. Disponível em: http://www.furb.br/_upl/files/especiais/anpcont/2014/159_3.pdf?20141011051504. Acesso em: 18 out. 2014.

11 de out. de 2014

O que aprendi submetendo artigos para revistas

Decidi colocar este post para sintetizar o trabalho de publicação de artigos que desenvolvi de 2010 a 2014. Em 2010 criei um sistema de acompanhamento bastante simples de submissão de artigos no qual controlava a revista e a data em que o artigo foi submetido e posteriormente a aprovação ou recusa pela revista.

Nesse sistema inclui 32 artigos e dois deles ainda se encontram em avaliação. Com os demais 30 artigos aconteceu o seguinte: 20 foram aceitos para publicação na primeira revista enviada, 4 foram aceitos na segunda revista, 4 na terceira revista e 2 na quarta revista.

Penso que de todos eles apenas uns três foram aceitos sem que o editor pedisse qualquer alteração o que indica que receber recomendações de alteração são muito comuns. É interessante verificar a dinâmica das recusas em função do estrato Qualis das revistas:
1. Recusado em: B3.                          Aprovado em B3.
2. Recusado em: B1.                          Aprovado em B5.
3. Recusado em: B1.                          Aprovado em B4.
4. Recusado em: B3.                          Aprovado em B5.
5. Recusado em: B2 e B1 .                Aprovado em B4.
6. Recusado em: B1 e B1 .                Aprovado em B1.
7. Recusado em: B3 e B1 .                Aprovado em B5.
8. Recusado em: C e C .                   Aprovado em C.
9. Recusado em: B2, B1 e B3.          Aprovado em B4.
10. Recusado em: B1, B1 e B1.        Aprovado em B2.

Acho que o caso 1 e 6 são os mais interessantes: ambos foram reprovados e depois foram aprovados por revistas do mesmo estrato Qualis. O que isso indica? Que a pesquisa é ruim? Que não tem contribuição? Que não merece ser publicada? Que a revista seguinte estava equivocada em aprovar o artigo? Talvez. Talvez essas questões filosóficas sejam a resposta.

Ou talvez essa questão seja respondida com respostas mais operacionais. Talvez o editor estivesse com um estoque de artigos muito grande para publicar e tenha recusado com um "este artigo não pertence ao escopo desta revista¹". Talvez o editor não goste do tema, dos autores ou da instituição dos autores e escolha avaliadores extremamente rigorosos ou incoerentes que certamente reprovarão o artigo. Ou talvez o artigo tenha um tema tão fora do mainstream que força o editor a enviar para avaliadores que não tem competência para avaliar o tema do artigo e reprovam com um "o artigo não traz qualquer contribuição para a área¹" ou "este artigo não é científico¹". São fatos como esses que podem originar os pareces tão contraditórios como apontados por Martins (2007).  

Diante do exposto, me vejo inclinado a ter a mesma dúvida apresentada por um pesquisador entrevistado por Paulo Pegino em sua tese:

“Ou você toma a pílula azul ou a vermelha. Se você tomar a pílula azul, você vai continuar vivendo o Matrix. O que é viver no Matrix? 'Olha, eu tenho que me adequar ideologicamente a esse journal para poder publicar, ter meu emprego e viver minha vida feliz.' Se você tomar a pílula vermelha, você vai dizer: 'Vai pra puta que pariu todo mundo, eu vou publicar nesse journal aqui que o impact factor é 0, mas é o journal que aceita minhas idéias malucas, que é contra todo o sistema.' Ótimo, então você vai viver de incenso. Você tem as escolhas da vida. Você dizer para um jovem tomar a pílula vermelha é muito difícil. Na ciência sempre foi assim, ou seja, há uma reprodução desse negócio. Pra você entrar no sistema, você se submete a isso. E aí, o que acontece? Quando você for mais velho, aí você se revolta contra o sistema, porque você já tirou o brevê do avião, entendeu? Aí você já é alguém com autoridade pra dizer: 'Olha, isso aqui tudo é uma merda.' Mas, até lá você é um Zé Ninguém, você não vai poder fazer nada, você vai espernear sozinho, entendeu? (PESQUISADOR 3).” (Pegino, 2014, p. 282).

Martins, G. A. (2007). Avaliação das avaliações de textos científicos sobre contabilidade e controladoria. Revista de Educação e Pesquisa em Contabilidade (REPeC), 1(1), 1-13.

Pegino, P. M. F. (2014). As relações acadêmicas de produção na pós-graduação em administração no Brasil. Disponível em: http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/11851/TESE%20Paulo%20Ferraresi%20Pegino.pdf?sequence=5. Acesso em 10 out. 2014.

¹Trechos extraídos de pareces de artigos recusados e posteriormente aceitos para publicação.

8 de ago. de 2014

Edição Especial RBGN

STAKEHOLDER THEORY IN MULTIPLE CONTEXTS

Special Issue for the Brazilian Review of Business Management

Guest Editors:
R. Edward Freeman, University of Virginia USA
Jeffrey S. Harrison, University of Richmond USA
Monica Cavalcanti Sá de Abreu, Universidade Federal do Ceará, Brazil

Stakeholder theory offers a broad perspective on the business organization and its value creation system. This perspective provides a useful way to understand and manage a business world that has become increasingly turbulent and complex, with a high level of interconnectedness among companies within countries and across international borders. It also has a strong moral foundation because it advocates for fair, honest, and even generous treatment of a broad group of organizational stakeholders, to include employees, customers, suppliers, financiers, communities and others. Stakeholder theory is about effective management of organizations, and not about social responsibility; however, firms that promote a stakeholder perspective tend to be considered socially responsible because of the responsible way they treat their stakeholders.

To date, much of the research on stakeholder theory has focused on firms in North America and to some extent Europe, where the theory has become increasingly popular among managers and organizational researchers. This special issue is devoted primarily to applications of the theory in other contexts. We are interested in the extent to which the central ideas associated with stakeholder theory have been adopted by firms in countries that have not already been actively studied by researchers. Especially welcome are stakeholder-based studies that compare companies that are headquartered in different countries or that have operations in multiple countries. We also welcome papers that examine firms that operate primarily within one country, especially if it is a country that has not been the subject of research in the past. Case studies and multiple case studies are encouraged. Field research and theory driven empirical work is welcome, as are pure theoretical papers. A few of many possible questions that might be addressed are:

1. How are the central concepts of stakeholder theory applied by firms in Latin America, Eastern Europe, Asia, and Africa?
2. Are there differences across countries? If so, why are there differences? What are the fundamental economic, social, or political factors that have created these differences?
3. How could the central concepts of stakeholder theory be applied to a variety of international contexts? How can these concepts help firms resolve some of the major issues they are facing?
4. Does a stakeholder-based management philosophy lead to creation of more value?
5. How can firm performance be measured across multiple stakeholders?
6. Do various stakeholder management strategies influence firm performance?

Submissions for this special issue must be in English and are due on August 31, 2014.

7 de ago. de 2014

Edição Especial REUNIR

Caros leitores da REUNIR,

A REUNIR está lançando Convite a Submissões para Edição Especial do ano de 2014, a ser publicada ainda este ano.

Os artigos devem atender aos seguintes critérios:

(I) Atender ás áreas temáticas de Administração, Contabilidade e Sustentabilidade (observar respectivas sub-áreas conforme normas da
revista);
(II) Ter sido indicado para Premiação em qualquer Congresso/Evento Nacional ou Internacional.

Estaremos recebendo artigos até dia 20/09/2014.
No momento da submissão os autores devem optar pela opção "Edição Especial Artigos Indicados à Premiação ou Premiados" e no 4º passo da submissão "Documento Complementar", apresentar comprovação de que o artigo foi indicado para concorrer ao Prêmio de Melhor Artigo ou foi Premiado.

Estamos à disposição para esclarecimentos adicionais e queremos agradecer o apoio contínuo em nosso trabalho.

Respeitosamente,

Dr. José Ribamar Marques de Carvalho
Editor Científico – REUNIR
Universidade Federal de Campina Grande – CCJS/UFCG.

Edição Especial RGFC‏

Caros leitores da RGFC, 

Estamos lançando Convite a Submissões para Edição Especial comemorativa pelo 5º ano da RGFC, a ser publicada no início de 2015.

Os artigos devem atender aos seguintes critérios: 
(a) Ser da linha de Ensino e/ou Educação em Gestão, Finanças ou Contabilidade; 
(b) Ter sido indicado para Premiação em qualquer Congresso/Evento Nacional ou Internacional. 
Receberemos artigos em Português, Inglês ou Espanhol até dia 03/10/2014.
No momento da submissão os autores devem optar pela opção "Edição Especial: 5º ano da RGFC" e no 4º passo da submissão "Documento Complementar", apresentar comprovação de que o artigo foi indicado para concorrer ao Prêmio de Melhor Artigo. 
Estamos à disposição para esclarecimentos adicionais e queremos agradecer o apoio contínuo em nosso trabalho, 
Prof. Dr. Raimundo N. Lima Filho 
Profa. Me. Fátima Frazão 
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), Brasil 
rnfilho@uneb.br

6 de ago. de 2014

Pesquisa "A Capes, os Conceitos e os Indicadores Bibliográficos usados na Avaliação Trienal"

Na pesquisa "A Capes, os Conceitos e os Indicadores Bibliográficos usados na Avaliação Trienal" faz-se uma análise sobre a relação entre os indicadores bibliográficos e o conceito dos programas da área de Administração, Ciências Contábeis e Turismo.

Os dados analisados foram coletados nas Planilhas de Indicadores divulgadas pela Capes no site http://www.avaliacaotrienal2013.capes.gov.br/ e tratam-se do quantitativo de artigos publicados em periódicos classificados entre os estratos A1 e C no Qualis no triênio 2010-2012. Estes dados foram usados como inputs de uma análise não-hierárquica de clusters K-means. Os programas foram agrupados em cinco clusters de tamanhos 3 a 50.

Primeiramente foi necessário eliminar o programa de Administração da USP da amostra. Este programa assumia característica de outlier em publicações de 7 dos 8 estratos analisados. Foi possível notar que 4 dos clusters formados continham a grande maioria de programas que ofertam doutorado, e que um cluster, formado por 50 programas, continha a maior parte dos programas que ofertam apenas mestrado. Ou seja, há indícios que programas que ofertam doutorado se distinguem em produção bibliográfica de programas que ofertam apenas mestrado. Obviamente precisa-se estender essa análise com a substituição da técnica de análise de clusters por uma técnica confirmatória de análise de dados para se confirmar essa conclusão.

Também foi possível utilizar a saída da análise de clusters para se analisar a relação entre o cluster e os conceitos Capes. Apenas um cluster guardava relação mais acentuada com dois conceitos: o cluster formado pelos programas de Administração da FGV RJ, FGV SP e UFRGS guardavam maior proximidade com os conceitos 6 e 7 que os demais. Em parte isso se explica pelo fato de que 4 dos 5 clusters foram formados por programas com até 3 conceitos distintos.

O artigo na íntegra está disponível para download em: http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2476473
Sugestões e comentários sobre o paper podem ser enviados para sandrovs@usp.br.

Pesquisa "O Qualis reflete o Impacto dos Artigos das Revistas Brasileiras de Contabilidade?"

Na pesquisa "O Qualis reflete o Impacto dos Artigos das Revistas Brasileiras de Contabilidade?" faz-se a análise da relação entre o estrato Qualis de uma revista e o impacto dos artigos por ela veiculados. Para isso, se calculou um Fator de Impacto Genérico (FIG) para as 15 revistas ligadas a programas de pós-graduação em Contabilidade em março de 2013, com base em 1765 artigos veiculados nas edições entre 2007 e 2012.

Utilizou-se o teste de Kolmogorov-Smirnov para testar a normalidade da distribuição das citações e todas elas foram descartadas a um nível de significância de 0,05. Foi utilizado o teste Mann-Whitney de diferença de médias com cada par de revistas que compôs a amostra.

Foi possível identificar que a revista RCF (USP) possui uma média de citações diferente das demais 14 revistas da amostra. As revistas CVR (UFMG), RCO (USP-RP), RCC (UFSC), RUC (FURB), CGG (UNB), RBGN (FECAP), BASE (UNISINOS) e BBR (FUCAPE) possuem médias estatisticamente similares entre si e diferente das médias das revistas dos demais grupos. Isso também ocorre com o grupos de revistas formado pela RIC (UFPE), RC (UFBA), SCG (UFRJ), Contextus (UFC), RCMCC (UERJ) e RCC (UFPR).

Ou seja, embora estas revistas estejam alocadas em 5 estratos distintos (A2 a B4), de acordo com suas médias de citações elas são agrupadas em apenas 3 grupos. Foi possível identificar ainda que 43% dos artigos nunca foi citado.

O artigo está disponível na íntegra em: http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2476417
Sugestões e comentários sobre o paper podem ser enviados para sandrovs@usp.br.

26 de jul. de 2014

Congresso USP 2014

No Congresso USP de 2014 tive a oportunidade de encontrar alguns blogueiros de Contabilidade: profa. Cláudia Cruz, autora do blog Ideias Contábeis, prof. Orleans Martins, do blog Informação Contábil e prof. Felipe Pontes do blog Contabilidade e Métodos Quantitativos.


III Seminário de Contabilidade da UFG

O Seminário de Contabilidade da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da Universidade Federal de Goiás – Scont Face/UFG, integrado à Semana de Estudos Contábeis, visa fomentar o conhecimento e a integração da comunidade acadêmica, com apresentação e debates de trabalhos científicos sobre temas atuais e relevantes para a pesquisa e profissão contábil.

Os trabalhos apresentados são subdivididos em áreas temáticas, o que proporciona a produção de novos conhecimentos e percepções, gerando o fortalecimento de relações para o bem pensar da ciência contábil. As áreas temáticas abarcam todos os conteúdos relacionados com a contabilidade e finanças.

As submissões estão abertas para artigos científicos completos e se encerram no dia 15 de Setembro de 2014. O evento ocorrerá nos dias 13 e 14 de Outubro na cidade de Goiânia no Campus da Universidade Federal de Goiás - UFG.

Para maiores informações sobre o processo de submissão e o evento acesse o site:

http://ccontabeis.face.ufg.br/seminario

16 de jul. de 2014

Prazo prorrogado para envio de artigos ao 12º Ececon


O prazo foi prorrogado até o dia 20 de julho.

Mais informações no site: http://www.ececon.com.br/

Prêmio Transparência Universitário IBRACON

O Prêmio Transparência de Jornalismo foi criado em 2011 pelo Ibracon, com o objetivo de incentivar alunos de cursos superiores de Ciências Contábeis a produzirem trabalhos sobre questões relacionadas às áreas de Contabilidade e Auditoria Independente, sob a supervisão de professores orientadores e apoio das Instituições de Ensino a que pertencem.

Objetiva também incentivar e valorizar os professores e Instituições de Ensino Superior que mantêm cursos de Ciências Contábeis e contribuem para que os profissionais estejam aptos tecnicamente e melhor preparados para o exercício pleno da profissão.

Na quarta edição do Prêmio Transparência Universitário, para o ano de 2014, foi escolhido o tema: A importância das normas internacionais de contabilidade e auditoria para o Brasil.

Os trabalhos inscritos devem apresentar conteúdo vinculado a:
• Transparência na prestação de contas;
• Vantagens dos relatórios financeiros para fins de governança;
• Vantagens dos relatórios financeiros para a prosperidade do pais; e/ou
• Vantagens da atividade efetiva de regulação nas áreas de contabilidade e auditoria.

Poderão participar do Prêmio estudantes de Ciências Contábeis vinculados a uma Instituição de Ensino Superior na data limite da inscrição do prêmio, ou seja, 21/11/2014.

Uma viagem a Londres

O estudante autor do trabalho vencedor e seu professor orientador ganharão uma viagem com duração de cinco dias a Londres, incluindo uma visita à sede do IASB e à uma renomada Universidade.

Mais informações em: http://www.ibracon.com.br/premiouniversitario/

15 de jul. de 2014

XVI ENGEMA

São Paulo, 01, 02 e 03 de dezembro de 2014

XVI ENGEMA - Inovação e sustentabilidade: um desafio para enfrentar as mudanças climáticas e seus impactos planetários.

Até 08/08/2014 – Encerramento das submissões de artigos e casos
Até 29/08/14 - Submissão de projeto para Consórcio Doutoral
15/09/2014 – Divulgação dos resultados dos trabalhos aprovados
01/09/2014 – Abertura das Inscrições
25/11/2014 – Encerramento das inscrições
01/12/2014 – Abertura do Evento
02 e 03/12/2014- Desenvolvimento de atividades e encerramento

Mais informações em:
http://www.engema.org.br/

BBR Conference

Aproveitamos a oportunidade para divulgar mais um grande evento acadêmico promovido pela FUCAPE: a BBR Conference.
Submissão de trabalhos somente até o dia 28 de agosto.

Mais informações: www.fucape.br/bbrconference

14 de jul. de 2014

Pesquisa mostra Contabilidade Tributária como uma das áreas de pesquisa mais incipientes da Contabilidade no Brasil

A pesquisa bibliométrica realizada por Eloy Jr., Soares e Casagrande (2014) mostra que a Contabilidade Tributária é uma das áreas da Contabilidade com menor representatividade quantitativa dentre as diversas áreas de pesquisa.

Na pesquisa foram analisados os papers veiculados em cinco grandes eventos científicos brasileiros entre os anos de 1994 e 2011 e o conteúdo publicado pelas 15 revistas brasileiras mantidas por programas de pós-graduação stricto sensu em Controladoria e Contabilidade entre 1989 e 2011.

Os resultados da bibliometria realizada indicam que Contabilidade Tributária representa aproximadamente 1% dos artigos veiculados em congressos e 2% dos artigos veiculados em revistas. A maioria dos artigos (76%) é publicada pela parceria de até 3 autores, sendo que aproximadamente 3/4 dos autores são homens.

Os livros foram apontados como a principal fonte das referências utilizadas seguidos dos artigos publicados em periódicos e da legislação. Os três autores mais produtivos, Luiz Antônio Abrantes, Mauro Fernando Gallo e Carlos Alberto Pereira são professores de programas de pós-graduação em Administração e Contabilidade da UFV, FECAP e USP.

Mais de 25% dos artigos publicados possuíam autocitações, o que pode constituir mais um indício do quão pequena é a comunidade de pesquisadores em Contabilidade Tributária. Por fim, a quantidade de autores que fez uma única contribuição para o tema (78,5% do total) é ainda maior do que a prevista pela Lei de Lotka (60,8%).

Para ler o artigo na íntegra CLIQUE AQUI.

PPGCC USP / PROCESSO SELETIVO DE 2015

Encontra-se aberto o edital de processo seletivo para mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Controladoria e Contabilidade da USP.

Mais informações em:

http://prpg.usp.br/ppgcc/paginas/mostrar/3795

CASI 2014‏

CASI - CONGRESSO DE ADMINISTRAÇÃO, SOCIEDADE E INOVAÇÃO
(Edição 2014)
"Cidades Inteligentes"
04 e 05 de Dezembro 2014
Volta Redonda – Rio de Janeiro

Prezado (a):

Desde 2 de julho é possível enviar artigos para o Congresso de Administração, Sociedade e Inovação.

DATA LIMITE PARA O ENVIO DOS ARTIGOS:  28 DE AGOSTO DE 2014.

Acesse http://www.congressocasi.uff.br/ para mais informações.

Informamos que o CASI conta com a participação das seguintes revistas em processos de fast track, cujo objetivo é agilizar a avaliação (para publicação no periódico) dos melhores trabalhos apresentados no evento.
1) S & G. Sistemas & Gestão (Qualis B2)
2) Revista Sociedade, Contabilidade e Gestão (Qualis B2)
3) Revista Eletrônica de Ciência Administrativa - RECADM (Qualis B3)
4) Revista Gestão & Regionalidade (Qualis B1)
5) Revista Pensamento Contemporâneo em Administração (Qualis B2)
6) Revista Eletrônica Vianna Sapiens (Qualis B3)

DATAS IMPORTANTES

Fique Atento aos Prazos.

02/07 a 28/08 SUBMISSÃO DE ARTIGOS
30/09 DIVULGAÇÃO DOS RESULTADOS
01 a 10/10 PERÍODO DE INSCRIÇÕES
28/10 DIVULGAÇÃO DA PROGRAMAÇÃO
04 e 05/12 PERÍODO DO CONGRESSO

Participe

Envie seus artigos para uma das seguintes áreas:

Administração Estratégica e Marketing (AEM); Administração de Operações Produtivas e de Serviços (AOP); Administração Pública (ADP); Contabilidade e Administração Financeira  (CAF); Comportamento Humano nas Organizações (CHO); Ciência, Tecnologia e Inovação (CTI) Ensino e Pesquisa em Administração e Contabilidade (EPA); Organizações e Sociedade (OSO);

A submissão será através do site: http://www.congressocasi.uff.br/, até o dia 28/08/2014.

Informações complementares

Informações adicionais poderão ser obtidas no portal http://www.congressocasi.uff.br/, no endereço eletrônico casi@vm.uff.br ou pelos telefones (24) 3076-8859, de 2ª feira a 6ª feira, das 14h às 17h.

Equipe - CASI
CASI - Congresso de Administração, Sociedade e Inovação
E-mail: casi@vm.uff.br
http://www.congressocasi.uff.br

AdCont 2014‏

Prezados,

Gostaria da ajuda de todos para divulgação do V Congresso Nacional de Administração e Ciências Contábeis - AdCont 2014.

Como nos últimos quatro anos, o PPGCC/UFRJ organiza o AdCont, que acontecerá no Rio de Janeiro (nas instalações do Ibmec – Rio de Janeiro) nos dias 16 e 17 de outubro de 2014.
Convido a todos a participarem do evento e para aqueles interessados na publicação de artigos convido para submissão de trabalhos até o dia 11/08.

Para maiores informações visitem nosso novo site: http://adcont.ppgcc.ufrj.br
Para contato disponibilizamos nosso email e telefone: adcont@facc.ufrj.br   -     (21) 39385262.
Conto com a colaboração de todos na divulgação em suas redes de contato e com a participação dos interessados em temas de Administração e Contabilidade.

Att.,

Prof. Marcelo Alvaro
Coordenador do AdCont 2014

12 de mai. de 2014

Convite para submissão Revista Práticas em Contabilidade e Gestão - Mackenzie‏

Segue abaixo um convite para submissão de artigos para a revista criada pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

Prezado Professor / Pesquisador,

O Curso de Mestrado Profissional do Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis da
Universidade Presbiteriana Mackenzie lançou, recentemente, o primeiro número da revista
Práticas em Contabilidade e Gestão (PCG), que pode ser acessado pelo link

A revista Práticas em Contabilidade e Gestão (PCG) é aberta aos temas relativos à Contabilidade e à Gestão Empresarial. Privilegia a multidisciplinaridade, publicando artigos, ensaios, estudos de caso e casos de ensino relevantes e inéditos que contribuam para o desenvolvimento teórico e prático das Ciências Contábeis e de Gestão. Nesse aspecto, gostaríamos de convidá-lo a contribuir com nossa revista.

Com os nossos cumprimentos,

Octavio Ribeiro de Mendonça Neto
Editor chefe
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Telefone: (05511) 2114-8802
E-mail: octavio.mendonca@mackenzie.br

Luiz Carlos Jacob Perera,
Editor Adjunto
Universidade Presbiteriana Mackenzie
Telefone: (05511) 2114-8802

E-mail: luizcarlos.perera@mackenzie.br

2 de mai. de 2014

XVII SemeAd

O 17º Seminários em Administração ocorrerá nos dias 29 a 31 de outubro na USP.

O evento receberá artigos até o dia 31 de julho de 2014. 

Para acompanhar informações sobre o evento: https://www.facebook.com/semeadusp

XVI Encuentro AECA

O 16º Encontro da Asociación Española de Contabilidad y Administración de Empresas - AECA vai acontecer nos dias 25 e 26 de setembro de 2014 na cidade de Leiria em Portugal.

O evento receberá pôsteres até o dia 1º de julho de 2014.

Mais informações clicando aqui.

2 de abr. de 2014

XI Congresso Online de Administração

A edição de 2014 do Convibra deve ocorrer entre os dias 1 e 6 de dezembro.

As áreas temáticas do evento são:

Administração Ambiental
Administração da Informação
Administração Pública
Agronegócios
Contabilidade
Empreendedorismo e inovação
Ensino e Pesquisa em Administração
Estratégia
Finanças
Gestão de Operações e Logística
Gestão de RH
Marketing
Teoria das Organizações
Terceiro Setor e Responsabilidade Social

Datas importantes:
Submissão de trabalhos: 15 de setembro de 2014
Resultado da avaliação: 20 de outubro de 2014

Site do evento em: convibra.org

20 de mar. de 2014

Inscrições prorrogadas até 15 de abril para os prêmios do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade

O Congresso USP de Controladoria e Contabilidade criou 8 prêmios este ano:

Prêmio Deloitte “Edgard Cornacchione Jr”: disciplina mais inovadora do curso de graduação em Ciências Contábeis no Brasil.
Prêmio Deloitte “Sérgio de Iudícibus”: disciplina mais inovadora do Programa de Pós-graduação em Ciências Contábeis no Brasil.
Prêmio Deloitte “Reinaldo Guerreiro”: discente-revelação no Mestrado em Ciências Contábeis no Brasil.
Prêmio Deloitte “Eliseu Martins”: discente-revelação no Doutorado em Ciências Contábeis no Brasil.
Prêmio Deloitte “Gilberto de Andrade Martins”: melhor trabalho do Congresso USP de Controladoria e Contabilidade.
Prêmio Deloitte “Alexsandro Broedel Lopes”: melhor trabalho do Congresso USP de Iniciação Científica em Contabilidade.
Prêmio Deloitte “Fábio Frezatti”: destaque melhor estudante de Pós Doutorado em Ciências Contábeis do Brasil.
Prêmio Deloitte “Ariovaldo dos Santos”: destaque melhor estudante de graduação em Ciências Contábeis no Brasil.

Mais informações em: http://www.congressousp.fipecafi.org/arquivos/Crit%C3%A9rios_das%20_Premia%C3%A7%C3%B5es3.pdf

16 de mar. de 2014

XXXVIII Encontro da ANPAD

A 38ª edição do Encontro da Anpad já tem data e local para acontecer: o evento acontecerá no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 17 de setembro.

O evento aceitará a submissão de trabalhos até o dia 28 de abril.
A divulgação do resultado da avaliação de trabalhos está marcada para 8 de julho.

O evento ainda aceitará Relatos Tecnológicos e Casos de Ensino.

O evento também terá painéis competitivos (para a discussão de grupos de pesquisa já consolidados) e consórcios doutorais (para apresentação de projetos de tese de doutorado).


VII Congresso da Anpcont

A sétima edição do Congresso da Anpcont já tem data e local para acontecer: Rio de Janeiro entre os dias 17 e 20 de agosto de 2014. 

O evento receberá trabalhos até o dia 30 de março.
O resultado da avaliação dos artigos será divulgado em 8 de maio. 

O evento aceita artigos para o Fast Track, até o dia 14 de abril. 

O evento aceita ainda a submissão de Prospectos de Pesquisa (projetos de tese) e de pesquisas de Iniciação Científica entre 10 e 25 de maio. 


Mais informações no site do evento http://www.furb.br/web/4210/congresso-anpcont/o-congresso

7 de fev. de 2014

Pesquisa sobre compliance fiscal

Prezados,

Estou fazendo uma pesquisa para a Dissertação do meu mestrado na FEA – USP sobre compliance fiscal e gostaria de pedir encarecidamente que disponham de parte do tempo de vocês para preencher as respostas através de site especialmente confeccionado para isso.

Trata-se de um tema de enorme importância para toda sociedade brasileira e ao responder à pesquisa estarão colaborando para engrandecer o debate sobre o assunto.

Para tanto, basta seguirem as instruções abaixo:

- Acessem o site 
www.pesquisafiscal.com.br;
- Preencham os dados de identificação obrigatórios e os opcionais se desejarem;
- Preencham as informações solicitadas;
- Os dados são sigilosos e serão condensados em um banco de dados;
- Notem que os valores estão em número inteiro, ou seja, se quiserem escrever R$ 250,00 basta escreve 250;
- Nome, e-mail e renda são dados de identificação opcional;
- ATENÇÃO: não estão respondendo pesquisa sobre o Brasil, mas sim sobre um país fictício (Vermonde) que possui suas próprias características.

Além disso, peço-lhes a gentileza de compartilhar este post com o máximo de pessoas possíveis. Fazendo assim estarão contribuindo duplamente para o debate!

Fico muito grato e à disposição!

Um grande abraço!

Fabio Silva
Mestrando em Ciências Contábeis

FEA - USP
fabiops@usp.br